Com mais de 30 anos de Brasil, o chef francês Claude Troisgros acaba de abrir seu sétimo restaurante no Rio. Foi batizado de Chez Claude (Casa do Claude) e o nome já releva as pretensões do projeto: o chef está à vontade, como se estivesse em casa. Para isso, optou por uma cozinha aberta no meio do salão e as mesas ao redor, como num teatro de arena. É interessantíssimo ver o movimento dos fogões, panelas e o vai e vem dos pratos.
“Queria fazer algo totalmente diferente do que tenho nos outros restaurantes. A ideia é estar próximo do cliente, quebrar a formalidade dos bistrôs, desconstruir alguns conceitos, independente de prêmios e estrelas. Quero me sentir em casa”, disse Troisgros.
E realmente é essa a sensação que se tem ali, com o chef sentando à sua mesa, conversando com os clientes, sem qualquer cerimônia. O cardápio reflete esse espírito despojado, informal, com porções e pratos para compartilhar – nada de empratados, como nos restaurantes de alta gastronomia. Quando Claude não está na casa, quem assume é a jovem Jessica Trindade, sua pupila com passagem em outros restaurantes da família. O fiel escudeiro Batista também está por lá, em dias alternados.
As pedidas vão de crepazare com agrião e gorgonzola (R$ 34), ovo & caviar (R$ 46), big ravioli de batata baroa e pinoles (R$ 32), tartare de atum com uma camada de pepino, melancia, vinagrete missô (R$ 35), vieira crua com plamito, mousse de haddock e tucupi (R$ 38), bacalhau com espuma de batata, azeitonas e macadâmia (R$ 36).
Além do cardápio oficial, há os pratos do dia, que garantem refresco ao projeto. Experimentamos bruschettas de foie gras com jiló (estavam maravilhosas! A combinação é perfeita!). Adoramos também as ostras gratinadas (ótimas entradinhas).
O tartare de atum com pepino, melancia e vinagrete de missô chegou junto com os outros pratos e a demora para comê-lo talvez tenha deixado menos saboroso. Não me agradou essa combinação do peixe com melancia e pepino. Mas comida é assim. Nem sempre gostamos de um prato.
Partimos então para os pratos quentes, servidos em panelinhas para duas pessoas. O meu favorito foi o risoto de camarões com espuma de cogumelos trufado – espetacular (R$ 68). Uma outra aposta quente foi o polvo grelhado com salsa. Delicioso e super bem-servido. Provamos ainda a codorna recheada com acelga, mini cebola, bacon e molho de uva (R$ 58). É um prato intenso, saboroso, para se comer num dia de temperatura amena no Rio.
Na hora da sobremesa, apostamos num suflê de pistache (com casquinha crocante e cremoso por dentro) e uma torta de maçã desconstruída com sablé, pimenta rosa e crème légère(R$ 28).
O espaço conta com um pequeno balcão bar, de onde dá para assistir de camarote a cozinha. De lá, saem vinhos em taça (de R$22 à R$ 78) selecionados pelo sommelier Alex de Oliveira, com rótulos do Líbano, França, Itália e Brasil. Para quem quiser levar o vinho, o valor da taxa de rolha é R$ 42 (por garrafa). Há ainda drinques que variam de R$ 32 a R$ 34 e cervejas R$ 22 a R$ 33.
SERVIÇO
Onde: Rua Conde de Bernadote, 26, Leblon. Telefone: 21- 35791185
Funcionamento: de segunda à sábado das 18h30m às 00h30m. Domingo fecha. Não aceita reservas. Atendimento conforme ordem de chegada. O restaurante possui 30 lugares no interior e 16 na varanda.
Média de gasto: R$ 130 (por pessoa, com uma entrada, principal e vinho).
Preços válidos para Março de 2018. Não nos responsabilizamos por alterações no cardápio e funcionamento.
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