01 mar

Saiba como é o cardápio do Chez Claude

por Renata Monti

 

 

Com mais de 30 anos de Brasil, o chef francês Claude Troisgros acaba de abrir seu sétimo restaurante no Rio. Foi batizado de Chez Claude (Casa do Claude) e o nome já releva as pretensões do projeto: o chef está à vontade, como se estivesse em casa.  Para isso, optou por uma cozinha aberta no meio do salão e as mesas ao redor, como num teatro de arena. É interessantíssimo ver o movimento dos fogões, panelas e o vai e vem dos pratos.

O salão do Chez Claude. Foto de Bruno Barreto

“Queria fazer algo totalmente diferente do que tenho nos outros restaurantes. A ideia é estar próximo do cliente, quebrar a formalidade dos bistrôs, desconstruir alguns conceitos, independente de prêmios e estrelas. Quero me sentir em casa”, disse Troisgros.

A jornalista Renata Monti com o chef Claude Troisgros. Foto Bruno Barreto

E realmente é essa a sensação que se tem ali, com o chef sentando à sua mesa, conversando com os clientes, sem qualquer cerimônia. O cardápio reflete esse espírito despojado, informal, com porções e pratos para compartilhar – nada de empratados, como nos restaurantes de alta gastronomia. Quando Claude não está na casa, quem assume é a jovem Jessica Trindade, sua pupila com passagem em outros restaurantes da família. O fiel escudeiro Batista também está por lá, em dias alternados.

Bruschetta de foie gras com jiló. Foto Bruno Barreto

As pedidas vão de crepazare com agrião e gorgonzola (R$ 34), ovo & caviar (R$ 46), big ravioli de batata baroa e pinoles (R$ 32), tartare de atum com uma camada de pepino, melancia, vinagrete missô (R$ 35), vieira crua com plamito, mousse de haddock e tucupi (R$ 38), bacalhau com espuma de batata, azeitonas e macadâmia (R$ 36).

Ostras gratinadas. Foto Renata Monti

Além do cardápio oficial, há os pratos do dia, que garantem refresco ao projeto. Experimentamos bruschettas de foie gras com jiló (estavam maravilhosas! A combinação é perfeita!). Adoramos também as ostras gratinadas (ótimas entradinhas).

Tartare de atum com pepino, melancia e molho missô. Foto Bruno Barreto

O tartare de atum com pepino, melancia e vinagrete de missô chegou junto com os outros pratos e a demora para comê-lo talvez tenha deixado menos saboroso. Não me agradou essa combinação do peixe com melancia e pepino. Mas comida é assim. Nem sempre gostamos de um prato.

Da esquerda para direita: codorna, polvo e risoto de camarões. Foto Renata Monti

Partimos então para os pratos quentes, servidos em panelinhas para duas pessoas. O meu favorito foi o risoto de camarões  com espuma de cogumelos trufado – espetacular (R$ 68). Uma outra aposta quente foi o polvo grelhado com salsa. Delicioso e super bem-servido. Provamos ainda a codorna recheada com acelga, mini cebola, bacon e molho de uva (R$ 58). É um prato intenso, saboroso, para se comer num dia de temperatura amena no Rio.

Suflê de pistache. Foto Bruno Barreto

Na hora da sobremesa, apostamos num suflê de pistache (com casquinha crocante e cremoso por dentro) e uma torta de maçã desconstruída com sablé, pimenta rosa e crème légère(R$ 28).

O espaço conta com um pequeno balcão bar, de onde dá para assistir de camarote a cozinha. De lá, saem vinhos em taça (de R$22 à R$ 78) selecionados pelo sommelier Alex de Oliveira, com rótulos do Líbano, França, Itália e Brasil. Para quem quiser levar o vinho, o valor da taxa de rolha é R$ 42 (por garrafa). Há ainda drinques que variam de R$ 32 a R$ 34 e cervejas R$ 22 a R$ 33.

SERVIÇO

Funcionamento: de segunda à sábado das 18h30m às 00h30m. Domingo fecha. Não aceita reservas. Atendimento conforme ordem de chegada.  O restaurante possui 30 lugares no interior e 16 na varanda.

Média de gasto: R$ 130 (por pessoa, com uma entrada, principal e vinho).

Preços válidos para Março de 2018. Não nos responsabilizamos por alterações no cardápio e funcionamento.

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